O futuro é imprevisível. Entretanto, temos a possibilidade de moldá-lo, pelo menos em parte.
Joseph Voros

O ritmo da mudança, cada vez mais acelerado, tem tornado difícil antecipar o que está por vir.

Em um horizonte restrito de tempo ainda é relativamente seguro falar sobre tendências. Mas, com frequência, as variáveis são tantas – tão voláteis, incertas, complexas e ambíguas – que fazem “explodir” possibilidades de futuro. Como planejar de maneira assertiva em um mundo assim?
0
O que você pensa a respeito?x

Mundo VUCA

O termo VUCA é um acrônimo das palavras inglesas Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity e vem sendo empregado desde a década de 1990, por empresas, organizações, governos e instituições de ensino.

A expressão “Mundo VUCA” vem sendo usada como uma forma de resumir as características da sociedade atual e a velocidade com que diversos aspectos do mundo em que vivemos (como a ciência, tecnologia e negócios) evoluem e se transformam.

Planejar certo começa pelo entendimento de que preparar indivíduos e organizações para um futuro (no singular) não faz mais sentido. A idéia do “futuro repetindo o passado”, cantada pelo poeta, tem se demonstrado cada vez mais romântica e menos “mundo real”.  De fato, temos a cada dia mais possíveis futuros (no plural) por ponderar. A competência para imaginar, analisar e agir (proativamente) com base nesses diversos futuros diferencia quem será vítima e quem será estrategista dos efeitos do tempo, ou seja, quem irá sucumbir e quem irá prosperar!
0
Considerações?x

É crucial conhecer os muitos futuros do presente. Só assim, é possível deixar de entender a mudança como ameaça, mas como oxigênio que acelera o crescimento.

A influência das “não mudanças”

É certo que boa parte da capacidade de antecipar o futuro é dominada pelo reconhecimento das “não mudanças” de cada contexto, ou seja, por constatações que são verdadeiras hoje e que continuarão sendo verdadeiras por muito tempo.

A importância das 'não mudanças'

Interessado em entender melhor o conceito das “não mudanças”? Preparamos um conteúdo com áudio e vídeo para te ajudar.

Acessar episódio

De qualquer maneira, a forma como as “não mudanças” serão atendidas certamente mudará por influência, direta ou indireta, dos vetores emergentes – capacidades de processamento, armazenamento e conectivdade das máquinas que crescem, há muitos anos, de maneira exponencial, com custos exponencialmente menores.

Três vetores para o crescimento exponencial

Querendo saber mais sobre os “três vetores” da exponencialidade? Preparamos um conteúdo com áudio e vídeo para te ajudar.

Acessar episódio

A imaginação sobre a evolução desses três vetores, combinando, também, aspectos sociais, culturais, ambientais e políticos, permite antecipar futuros plausíveis, em conformidade com as “não mudanças”. Neles, encontramos os indicativos dos possíveis desafios que precisaremos ter capacidade de superar, além de oportunidades e oportunismos a aproveitar.

Core business, oportunidades e oportunismos

Querendo saber mais sobre como diferenciar o core business de oportunidades e oportunismos? Preparamos um conteúdo com áudio e vídeo para te ajudar.

Acessar episódio

O cone dos futuros

Uma excelente abstração que, seguramente, ajuda a entender o por vir é o “Cone dos Futuros” – uma criação de Joseph Voros.

O insight de Voros é de que o futuro se torna mais incerto conforme maior for o horizonte de tempo observado. Quanto mais tempo, mais “futuros possíveis”.

Obviamente, dentre o universo de possibilidades, há os futuros mais plausíveis. Entre estes, há, seguramente, aqueles que consideramos mais prováveis. Dentre todos, há  futuro preferível. A estratégia deve, então, colocar em prática iniciativas que aproximem as empresas a realizar este futuro, criando “tensões” dentro e fora de “casa”.

Anthropocene – where Big History and the big future meet

Assista uma palestra incrível do futurista Joseph Voros, criador do “cone dos futuros”, aobre aplicação do mesmo.

Acessar vídeo

Ser um estrategista do tempo contempla a plenitude dos “futuros”, possíveis e não somente os plausíveis, ponderando sobre o equilíbrio entre o provável e o desejável.
0
Considerações?x

Futuros, no plural e na prática

Um dos grandes cases de utilização de “futuros’ para planejamento estratégico, sem dúvidas, é a Shell. Há muitos anos, a companhia desenvolve e aperfeiçoa cenários de futuro envolvendo, direto ou indiretamente, energia – que é o negócio da empresa.

A Shell usa cenários desde o começo da década de 1970 para permitir que gerações de líderes tomem as melhores decisões de negócios. Com o tempo, os cenários da Shell conquistaram seu público global entre governos, acadêmicos e outros negócios, e ajudaram a aprofundar o conhecimento de como o mundo pode ser daqui a algumas décadas.

Site da Shell

Para criar suas visões de futuro, a companhia mantem uma equipe especializada em formulação de cenários, que se concentra, inicialmente, em tendências para a economia, demanda e oferta energética, mudanças geopolíticas e outras transformacões sociais.

A empresa utiliza intensivamente os cenários de futuro para nortear decisões estratégicas. Por exemplo, em 2005 a organização optou por expandir consideravelmente a produção de gás natural prevendo uma lacuna entre o crescimento da demanda e a oferta global. Em 2011, antecipando preocupações com meio ambiente, intensificou produção de biocombustíveis. Ambos exemplos ajudaram a preservar a companhia.

Para pensar…

O ritmo das mudanças está acelerando e não há indícios de que isso mude tão cedo. No passado, se preparar para o futuro consistia, basicamente, em analisar o passado em busca de identificar tendências. Há algum tempo, esta abordagem não faz mais sentido.
0
Considerações?x

As organizações precisam começar a identificar e planejar a condução da intencionalidade estratégica frente a diversos cenários. Por exemplo, empresas que fornecem para o poder público precisam começar a projetar tantos futuros quanto há candidatos elegíveis. O que muda, caso o próximo eleito for oposição? O que muda se for situação? Cenários de futuros!

Quanto mais seriamente um indivíduo ou organização se preparar para entender futuros menores serão seus riscos e maiores as suas chances.

Referências bibliográficas

VOROS, Joseph. The Futures Cone, use and history. 2017. Disponível em: https://exco.me/3IB24Jg. Acesso em: 12 dez. 2021.

SHELL (Brasil) (org.). Cenários da Shell. Disponível em: https://exco.me/31V1TI7. Acesso em: 12 dez. 2021.

Compartilhe este capítulo:

Compartilhe:

Comentários

Participe da construção deste capítulo deixando seu comentário:

Inscrever-se
Notify of
guest
2 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Feedbacks interativos
Ver todos os comentários
Melissa Trofino Vieira de Santana
Melissa Trofino Vieira de Santana
3 anos atrás

[A estratégia deve, então, colocar em prática iniciativas que aproximem as empresas a realizar este tuturo, criando “tensões” dentro e fora de “casa”.]

Nesse trecho, só uma correção de “tuturo” por futuro

Angelo Rodrigues
Angelo Rodrigues
3 anos atrás

Na parte “O Cone do Futuro”, esta escrito a palavra “tuturo”, onde imagino que o correto seja “futuro”:

as empresas a realizar este tuturo, criando “tensões” dentro e fora de “casa”.

Elemar Júnior

Fundador e CEO da EximiaCo, atua como tech trusted advisor ajudando diversas empresas a gerar mais resultados através da tecnologia. 

Desenvolvendo gente que faz a diferença

reconhecida excelência da EximiaCo, em consultorias e assessorias, aplicada no desenvolvimento de competências através de publicações e capacitações abertas e in-company.

TECH

&

BIZ

-   Insights e provocações sobre tecnologia e negócios   -   

55 51 9 9942 0609  |  me@elemarjr.com

55 51 9 9942 0609  |  me@elemarjr.com

bullet-1.png

55 51 9 9942 0609   me@elemarjr.com

2
0
Quero saber a sua opinião, deixe seu comentáriox
()
x